Diante de uma expectativa e situações que provocam medo ou dúvida é normal que certo grau de ansiedade apareça. Ou seja: trata-se de uma reação que visa preparar o organismo para lidar com uma potencial situação estressante. Por isso, é frequente estar ansioso antes de uma prova de vestibular, na hora do casamento ou na espera de uma resposta sobre emprego.
O problema é que, em algumas pessoas, essa resposta ao estresse é muito desproporcional. A ansiedade, nesses casos, acaba se tornando uma doença, trazendo sofrimento, além de diversos prejuízos para o indivíduo.
Crises de ansiedade
As crises de ansiedade podem ser originadas por diversos fatores, tanto ambientais quanto genéticos. Por outro lado, traumas, agressões, perdas de entes queridos e ruptura de relacionamentos afetivos ou profissionais são exemplos de gatilhos.
Durante a crise, a pessoa sente profundo descontrole sobre a situação, medo excessivo e insegurança. Essas sensações dominam a mente do indivíduo de maneira inesperada, levando à um sentimento de falta de controle.
No instante em que uma crise intensa de ansiedade se apresenta, outros sintomas físicos estão comumente presentes:
- palpitações;
- sensação de garganta fechada;
- sudorese excessiva;
- tremores;
- falta de ar;
- sensação de desmaio;
- náusea ou desconforto abdominal;
- formigamentos;
- dor ou desconforto no peito;
- calafrios ou sensação de calor.
O que fazer quando a crise de ansiedade chegar
Algumas dicas ajudam o paciente durante as crises de ansiedade. Saiba quais são a seguir.
Respiração
A hiperventilação é algo bem comum durante os episódios de ansiedade. Nesse momento, a respiração fica acelerada e rasa e traz ainda mais desespero para a pessoa, pois ela começa a sentir que está “perdendo o ar”.
A dica aqui é se dirigir para um local calmo, inspirar e expirar lentamente, com consciência plena, realizando uma respiração chamada de diafragmática.
Além de auxiliar na correta oxigenação do organismo, a respiração diafragmática consciente permite que a pessoa foque no momento presente e, assim, a ansiedade tende a ser minimizada. Assim, ao focar na respiração, a pessoa desvia o pensamento para outro foco, conseguindo chegar a um grau de relaxamento mais rápido, diminuindo também a sensação de sufocamento.
Imaginação guiada e ponto focal
Esse exercício é bastante utilizado para desviar os sintomas da crise. Consiste em imaginar um lugar ou situação em que a pessoa se sinta segura e relaxada. Pode ser também um ponto focal, um objeto presente. Ao descrevê-lo mentalmente ou em voz alta, a pessoa precisa continuar adicionando elementos ou características à imagem. De maneira análoga à respiração já descrita, isso ajuda a trazer a pessoa para o momento presente.
Descontrair os músculos
No momento da crise, os músculos ficam tensos e contraídos em resposta à situação de perigo que a mente impõe. Ao tentar relaxá-los, automaticamente a pessoa também toma mais consciência do próprio corpo.
Tirar o foco dos sintomas
Alguns dos sintomas causados pelas crises de ansiedade são, também, físicos, como já descrito. Se a pessoa ficar concentrada apenas naquilo que está sentindo, a angústia começa a aumentar, pois os sintomas se parecem com sinais de doenças como infarto e arritmia.
Ajuda médica
Apesar das crises de ansiedade não poderem ser previstas, podem ser tratadas. Frequentemente o tratamento consiste em abordagem farmacológica e psicoterápica. Ademais, benefícios da ioga e meditação também já foram descritos.
Em síntese, ajuda profissional é essencial para aliviar os sintomas, diminuindo a frequência dos episódios ao longo do tempo.