Todos temos dias ruins e podemos nos sentir mal-humorados, mas quando isso se torna algo frequente, é preciso atentar-se para a possibilidade de um transtorno de humor. Ou seja: pode se tratar de distimia!
Estima-se que a distimia afete de 3 a 6% da população geral, com maior prevalência dentre as mulheres. Na maior parte dos casos, a doença costuma se iniciar antes dos 25 anos, sendo comum seu início na infância e na adolescência.
A palavra distimia tem origem grega e significa “mau humor” e como pode-se imaginar, são comumente descritos como “mal-humorados”, “irritados”, “rabugentos” e “difíceis”. Assim, é fácil entender porque muitos pacientes permanecem por muitos anos sem buscar ajuda, atribuindo os sintomas da doença à características de personalidade.
E você? Conhece esta doença? Continue a leitura e saiba mais!
Um pouco mais sobre a distimia
Trata-se de uma depressão crônica do humor, durando pelo menos vários anos. Se não forem adequadamente tratados e acompanhados por um profissional, os sintomas podem durar a vida toda e trazer importantes prejuízos para a vida do paciente.
As causas que envolvem o surgimento do transtorno são multifatoriais, portanto abrangem fatores como histórico familiar, predisposição, temperamento e estressores ambientais, dentre outros. O gênero também é influenciador, uma vez que a doença é duas vezes mais comum em mulheres que homens.
Estudos indicam que a grande maioria dos distímicos acabam desenvolvendo outras doenças psiquiátricas, assim, não raro, o paciente com distimia procura atendimento devido a outras doenças, como um episódio depressivo, por exemplo.
Quais os sintomas da doença?
O mau humor constante e a irritabilidade são as principais queixas (do paciente e de quem convive com ele), entretanto também podem ocorrer outros sintomas, tais como:
- pensamentos negativos e preocupações em excesso;
- desânimo excessivo;
- alterações do sono;
- mudanças no apetite;
- sentimento de culpa;
- dificuldade de concentração;
- cansaço frequente;
- tendência a isolamento social.
Ou seja: os pacientes têm períodos de dias ou semanas em que consideram-se “bem”, mas na maior parte do tempo se percebem cansados, deprimidos, irritados, inadequados, sentindo que devem se esforçar para as mínimas tarefas.
O tratamento consiste em psicoterapia e medicamentos, em geral antidepressivos. Quanto antes o diagnóstico for identificado, menores são as chances de desenvolver outros doenças mentais, como abuso de substâncias, ou mesmo complicações mais graves, como o suicídio.
Agora que você conheceu sobre a distimia, já entendeu que ela não deve ser subestimada, certo? Caso perceba que alguém está sempre de mau humor e irritado, tente convencê-lo a procurar uma avaliação médica.