O medo é um sentimento que possui uma função para a sobrevivência, uma vez que indica uma ameaça, servindo como um alerta a potenciais perigos. Entretanto, esse sentimento pode se tornar algo desproporcional e persistente, podendo se tratar de uma fobia! As fobias podem ser relativas a uma atividade, animal, objeto ou a uma determinada situação.
Ao entrar em contato com a fonte da fobia (ou até ao imaginá-la), o paciente vive uma intensa sensação de ansiedade, evitando ou suportando as situações com pavor. Em outras palavras, as fobias podem paralisar o paciente e impactar de forma importante em suas atividades cotidianas.
Adicionalmente, uma fobia também pode constituir um sintoma presente em outros transtornos mentais, o que exige a avaliação de um psiquiatra.
Como identificar uma fobia e quais as suas causas?
A identificação de uma fobia consiste em observar a constância e intensidade dos sintomas. Ela tem longa duração e suas reações comprometem as atividades do paciente. Sem o tratamento adequado, ela pode alterar profundamente a sua rotina e causar graves impactos em sua vida pessoal e profissional.
Não se sabe ao certo quais fatores determinam que uma pessoa desenvolva uma fobia, no entanto, a carga emocional associada a algumas experiências, principalmente na infância parece ser determinante. Pessoas mais sensíveis, introspectivas e com mais dificuldade em se relacionar emocional e socialmente também parecem mais suceptíveis ao desenvolvimento de um transtorno fóbico. Adicionalmente, acredita-se que fatores genéticos também estejam envolvidos.
Sintomas e tratamentos
Vários são os possíveis sintomas de um transtorno fóbico, mas o principal é a sensação de pânico (que pode ser de leve desconforto até terror) associado à situação ou objeto.
Isso leva o paciente a evitar a todo custo se deparar com a situação que o apavora, inclusive levando-o a adotar ações drásticas e radicais para evitar o contato. Em outras palavras: a ansiedade gerada pelo estímulo (seja o contato ou até a antecipação do contato) não é aliviada pelo fato de que outras pessoas não consideram a situação em questão como perigosa ou ameaçadora. Além disso, em geral, o paciente sabe que o medo é irracional, mas não tem controle sobre ele ou tem muita dificuldade em manter o equilíbrio.
Há, ainda, sintomas físicos, como excesso de suor nas extremidades, taquicardia, dor no estômago, falhas na respiração, pânico e crises agudas de ansiedade. As fobias também frequentemente coexistem com quadros de depressão..
Diante dos sintomas, é preciso buscar ajuda psiquiátrica o mais rápido possível, para evitar o agravamento da doença. Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento e menos impactos o indivíduo terá em sua vida.
O tratamento visa amenizar progressivamente a ansiedade causada pelo objeto da fobia. Ele pode ser feito através de medicamentos antidepressivos e sedativos e psicoterapia.