Mitos e verdades sobre o transtorno bipolar

A ABRAPA – Associação Brasileira de Familiares, amigos e portadores de Transtornos Afetivos indica que hoje, no Brasil, há por volta de 2 milhões de pessoas sofrendo com transtorno bipolar.

É um distúrbio psiquiátrico que afeta mais jovens entre 20 e 35 anos. Sua manifestação pode se dá de forma leve ou agressiva. Quando não tratado imediatamente após o diagnóstico, esse transtorno interfere negativamente em diferentes área da vida do portador.

O Transtorno Bipolar se caracteriza por alterações no comportamento de forma tal que a pessoa passa a ter reações exageradas sobre determinadas circunstâncias, afetando o convívio social e trazendo muitas dúvidas para quem convive com o problema.

Dessa forma, não é atoa a quantidade de mitos envolvendo a doença. Continue a leitura do texto e saiba mais sobre esse assunto.

O que é transtorno bipolar?

Esse é um distúrbio psiquiátrico que causa alternância súbita de humor e comportamento. O paciente diagnosticado é instável e oscila entre a depressão e o comportamento eufórico, conhecido como mania e hipermania.

A depressão é marcada por episódios de desânimo, frustração intensa, isolamento social e constante pensamentos negativos, como morte.

Durante a euforia, é comum alucinações, fala e pensamentos acelerados, libido exacerbada, energia exaltada e sensação de grandiosidade.

Classificação do transtorno bipolar

  • Tipo I – Esse é o tipo mais alarmante do transtorno, pois seus efeitos são mais acentuados. Se caracteriza por intervalos de euforia maiores e de depressão mais curtos. Porém, os sintomas depressivos são mais intensos e perigosos nesse quadro.
  • Tipo II – Esse grupo desenvolve sintomas eufóricos mais tranquilos e por menos tempo. Além disso, passam por períodos depressivos mais longos.

Conheça alguns mitos e verdades

Portadores do transtorno bipolar conseguem ter vida normal.

VERDADE – É sabido que existe uma dificuldade maior para estabelecer e seguir rotinas entre a maioria dos pacientes psiquiátricos.  Entretanto, com acompanhamento médico adequado, ajuda dos familiares e tratamento, os portadores do TB podem ter uma vida tranquila e feliz, trabalhando e convivendo normalmente em sociedade.

A família é essencial no tratamento

VERDADE – A interação social do paciente é um dos principais gatilhos para os sintomas da doença. Dessa forma, não só a família, mas também amigos e cuidadores são imprescindíveis para estimular a melhora e a adesão ao tratamento. São importantes também para ajudar contra o preconceito que envolve a doença.

Nos episódios de euforia a pessoa se encontra positiva e alegre.

MITO – O humor nesse caso, se manifesta de maneira exaltada, podendo ser tanto expansivo como irritável. As características desse quadro envolvem também agressividade e hostilidade.

Portadores do transtorno bipolar conseguem ter vida normal

VERDADE – É sabido que existe uma dificuldade maior para estabelecer e seguir rotinas entre a maioria dos pacientes psiquiátricos.  Entretanto, com acompanhamento médico adequado, ajuda dos familiares e tratamento, os portadores do TB podem ter uma vida tranquila e feliz, trabalhando e convivendo normalmente em sociedade.

Não existe cura para o transtorno.

VERDADE – Pacientes de transtorno bipolar precisam conviver com a doença por toda a vida. Porém, hoje, tanto os medicamentos quanto as terapias avançaram muito para dar resultado ao tratamento. Ao seguir as orientações médicas corretamente, o transtorno pode ser controlado de forma segura para que a pessoa tenha excelente qualidade de vida.

Psicoterapia não resolve.

MITO – O acompanhamento psicoterápico é essencial para o entendimento do paciente em relação à doença. As técnicas utilizadas no tratamento tem eficácia científica comprovada e é possível atestar a melhora em algum tempo.Porém, também é essencial que o paciente receba o tratamento medicamentoso.

Grávidas não podem receber tratamento medicamentoso

MITO –  Desde que  devidamente orientadas pelo psiquiatra e obstetra, e consentimento da família, a paciente com transtorno bipolar que engravidar poderá continuar com o uso de medicamentos.